
Sendo uma mãe-de-santo que teve maior visibilidade na sociedade aracajuana, recebeu o apelido carinhoso de nanã por sua familia.
Nascida e criada no seio de uma família católica, passou a frequentar um templo presbiteriano, onde chegou a se batizar, tornando-se crente. Mas acabou se afastando da igreja devido a interfer~encia por entidades que nela se manisfestavam e determinavam seu ingresso no mundo dos cultosde possessão. sendo marcados por acontecimentos cujos relatos era constantemente repetido. Estava na igreja, quando foi possuída por uma entidade. Levada para casa, pegou uma pexeira e começou a se esfaquear, dandos cortes profundos em seu corpo. Refeita dos cortes, que foi considerado um milagre, razão pelo qual passaram a chamá-la de morta-viva. A partir daí teve sua trajetória em busca da cura, pois continuava doente, levada a buscar ajuda em um terreiro de um baiano que morava em Aracajú. Como a situação não se resolvia , foi levada a Salvador e de lá seguiu para cachoeira, aí foi identificada a entidade que a fazia doente Pai João que prometeu deixá-la boa sob a condição de que instale um centro para trabalhar. Onde abriu um terreiro de toré, dando sessões e trabalhando com pai João e outras entidades, como, Arrieiro, Boiadeiro, Tia Luiza. Em seu contatos com a bahia onde fora em busca de cura e identificara seu pai João, Nanã toma conhecimento do feitorio de santo e do prestígio que este tinha no segmento afro-baiano. Dando seu feitorio com um pai de santo chamado Zequinha do Pará (OIÁ-DIDÊ), iniciou no ijexá/angola, no orixá Oxum com Oxoce, onde rercebeu a dijina Manadeui, tendo como irmãos de barcos, sua irmã e um amigo filho de Oxoce. Antes de Nanã ter domínio dos rituais do candomblé, ela teve um marido que era baiano, chamado Pedro Bernardino, que era da casa de Bate-folha de Salvador. Ela ainda não estava bem na prática no candomblé, então foi ele que mais a ensinou. Como ele já era pai de santo, botou o candomblé junto com Nanã. O angola funcionou como uma espécie de guarda-chuva no qual Nanã encontrou abrigo para viver suas mútiplas experiências com p sobrenatural, amparada na legitimidade que lhe conferia o fato de ter se submetido ao ritual de iniciação e protanto, uma mãe feita. Com autoridade de uma mãe de santo, passou a recolher gente ao roncó, raspar e cortar e, por meio do feitorio,torná-los filhos de santos. Nanã atraiu muita gente e os filhos multiplicaram-se rapidamente, espalhando e migrando para as capitais do Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e cidades vizinhas. A influência de Nanã é muito forte em Alagoas e Sergipe, influência que seus filhos se encarrecaram de expandir também para Pernambuco, Paraíba, Arapiraca, Propiá, Estância e o baixo São Francisco.Quem era dono de terreiro, uma vez submetido ao feitorio, não teria de esperar filhos lavados em filhos feitos. Assim rompia com uma velha tradição de que somente sete anos após o feitorio estaria uma pessoa habilitada a iniciar filhos de santo. Tendo emergidos dos torés sergipanos nos quais os caboclos tinham passe livre, fez do angola a marca de identidade preferêncial do seu terreiro, onde ficou maracado a RAÍZ MANADEUI. Faleceu em 1981, numa tardede junho, mês de São João, aos 90 anos, mas sendo sempre contraditória esta data. Morre porém cercada de carinho pelos filhos adotivos e perpetua-se na memória de centenas e centenas de filhos de santos que se fizeram em suas águas e espalharam-se por muitos cantos do país, levando a herança espiritual de mãe Nanã de Aracajú.
18 comentários:
Mukuiu Tatet'u...
Ficou lindo o texto que fala sobre Vó Nana (Manadeui)
A bença aos meus mais velhos. Sou filho de pojuca e me criei em alagoinhas,sou neto de uma das filhas de zeca do pará, mãe trudes de oxum (candeamer). Diga-se de passagem posso aqui afirmar que zequinha foi um dos maiores pais-de-santo existentes aqui na cidade, como meus mais velhos diziam:-Tinha na unha!. Teve algumas filhas de santo como: matamba, a primeira feita por ele aqui na cidade, regina minikongo, nanguê(Domingas), nóia de yemanjá(Ginga), entre outros. Gostaria de parabenizar pelo trabalho retratando os valores culturais que outrora passara atraves deste blogger. motumbá. OBS. Se alguem tiver alguma foto de zequinha ou de mais alguem que fora iniciado por ele, agradeço se poder envialas para o meu e-mail. thiagobraga63@gmail.com.
Gostaria de uma foto do pai de santo chamado Zequinha do Pará (OIÁ-DIDÊ), que aparece no artigo de Nanã de Aracaju.
É um pai de santo de Atibaia que a tem como tataravó de"santo" que gostaria dessa foto.
A foto e história do pai de santo chamado Zequinha do Pará (OIÁ-DIDÊ).
Grato
Kleber
eu acho que encontrei meus antepassados ..minha dígina e alajouin sou filha louodessy que e filho odelessy axe tres setas .que e filho do meu biso ode bandire ,obakossu de caxia rio de janeiro ....eles sempre me falarm que nos somos do axe de nananci de aracaju.
Sou da raiz de mãe nanã com muito orgulho, sou filho de oya sinader, neto de mãezinha(coroladeje), bisneto de mae salaode, e tenho como tataravó mãe nanã.
E a Nana de Aracaju. Quem a fez foi Zeca do Pará. Alguém saberia me informar seu nome de santo? Alguém teria uma foto dele? Estou organizando a árvore "genealógica" de Tataquasitue.
Grato
Kleber
Sou Kinamboreci neta de Oya Manaunde gostaria de saber qual o lugar que o Nzo em Aracaju alguém pode me responder .por favor
Olá kinamboreci. Tudo Bom? Motungbá? O Nzo ao que vc se refere é o Abaçá São Jorge (Asé Manadeuí) hoje ainda dirigido por sua sucessora Mametu Marizete Lessa. Ele fica situado na Rua Mãe Nanã, n 70 (o nome da rua é uma homenagem a pioneira do candomblé em Sergipe.) Bairro América, aqui em Aracaju. Abraço e Orişá te abençoe.
Olá, tudo bem? Motungbá. Sou de Aracaju, e também gostaria da foto do Zequinha do Pará (Olá Didè). Se você conseguir me passa por favor? Grato.
Olá. Motungbá? Sou de Aracaju e também gostaria de uma foto do Babá Zequinha. Se você conseguir poderia me passar? Obrigado.
Boa tarde Vi a reportagem que foi feita com mãe nana e o reporter Fernando Savio em 1976. Quero saber se alguém tem a reportagem delê com ela Onde ele pergunta se ela fala bantu e ela reponde:ATECUMÀ FURAMBU, VODU,VODU,EMBAMBA MITA MICOTE, CANAÃ... EU QUERO A PRECE COMPLETA SE ALGUÉM PUDER ME AJUDAR.AGRADEÇO EMAIL Igbi7777@yahoo.com.br pra informações
Boa tarde! Alguém pode me ajudar com esta prece. Eu só tenho o incio: ATECUMÀ FURAMBU, VODU, VODU, EMBAMBA MITA MICOTE , CANAÃ...
Grande mãe Dety ,cunhada de um grande amigo e pai , Algutinho. Makuiu
Tmb gostaria ,se tiver mande por gentileza.
marceloxdsilva@yahoo.com.br
Makuiu a todos . Sou Xavier , digina : Tata kambaranguaje. Filho de Deuicidê (Valdenice) neto de Manadeui (mãe nanã),bisneto de Zequinha do Pará. Raiz massangangue de Carole. Raiz nanã.
Gostaria de outras informações.
marceloxdsilva@yahoo.com.br. ou 21 966337836 ZAP , RJ.
Sou neto de babá ódéléssy .. bisneto do senhor ode bàmìrè /José de obakosou .. gostaria de saber mas sobre a raiz manadeui ..
022 992907932 meu WhatsApp
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